Déficit primário vem melhor que o esperado em outubro

Em relatório sobre os dados, o Tesouro voltou hoje (26) a falar sobre a importância da agenda de reformas, destacando que “as próximas quatro semanas serão definitivas para o rumo das contas públicas nos próximos cinco ou dez anos”.

Em outubro, a receita líquida teve um aumento real de 9,8% sobre um ano antes, a R$ 133,1 bilhões, sob a influência principalmente da alta observada nas receitas administradas pela Receita Federal (+14,8%), além da arrecadação líquida para o Regime de Previdência Social (+17,6%).

As despesas, por sua vez, seguiram em trajetória de forte expansão por conta dos gastos do governo com o enfrentamento à pandemia de Covid-19. A elevação, também em termos reais, foi de 21,8%, a R$ 136,7 bilhões.

Nesse caso, o principal fator a pesar nos gastos foi o auxílio emergencial, que respondeu sozinho por uma conta de R$ 21 bilhões. No acumulado de janeiro a outubro, o rombo nas contas públicas foi de R$ 681 bilhões, contra R$ 63,9 bilhões em igual etapa de 2019.

Em sumário executivo, o Tesouro afirmou que para o período a estimativa é de um diferimento líquido de receitas, diferimento de tributos menos recolhimento de parcelas diferidas, de R$ 48 bilhões, dos quais cerca de R$ 16,3 bilhões foram revertidos em outubro.